O calendário brasileiro de varejo, de forma geral, abre possibilidades ímpares para o comércio de forma geral. Algumas das principais datas são:
– Volta as aulas em janeiro e fevereiro
– Carnaval entre fevereiro e março
– Dia da Mulher e do Consumidor em março
– Páscoa em abril
– Dia das Mães em maio
– Dia dos Namorados em junho
– Férias escolares em julho
– Dia dos Pais em agosto
– Semana do Consumidor em setembro
– Dia das Crianças em outubro
– Black Friday em novembro
– Natal e Réveillon em dezembro
Tais datas são fundamentais ao planejamento de compras dos varejistas, que devem estar sempre atentos para as novidades que a indústria apresenta para cada data, devendo realizar as compras oportunamente, para ter os produtos certos, na hora certa, em seu estoque e assim preparar as melhores promoções.
Importante deixar claro aqui que quando falamos em promoção, não necessariamente estamos falando somente em preços baixos, muitas das empresas que se preparam para essas datas sabem que existem consumidores propensos a pagar um preço na média de mercado, portanto essas datas são importantes para que as empresas possam alavancar suas vendas e estar bem preparado para cada uma delas é ainda mais fundamental para obter boas margens. Um ponto importante aqui é que as empresas conheçam profundamente a elasticidade de preços de seus produtos e como esses preços estão ou não alinhados às expectativas de seus consumidores.
Outro ponto de preparação fundamental, além das compras, é ajustar perfeitamente as campanhas e divulgações. No momento atual, explorar o máximo de canais de comunicação (TV, radio, redes sociais, instant messengers, Ads, etc) tornou-se importante, pois os consumidores estão cada vez mais espalhados, havendo clusters de consumidores que preferem um ou outro canal de comunicação.
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Em terceiro lugar, é importante preparar sua operação para as datas sazonais. Seja na loja física ou na loja online, o volume de vendas nessas ocasiões é sempre grande, portanto, é fundamental preparar: [1] a equipe treinada e motivada para atender a demanda, [2] os recursos como embalagens que podem facilitar muito as operações, [3] no caso do e-commerce prever corretamente as etapas de relacionadas a fretes e entregas para evitar que as mercadorias demorem muito de chegar ao seu destino (o que inclui em alguns casos e momentos do ano ter mais alguns parceiros logísticos do que o habitual) e [4] preparar os canais de atendimento e comunicação para sanar as eventuais dúvidas de compradores e prestar um bom atendimento pós-venda (SAC).
Sobre a Black Friday
A Black Friday iniciou no Brasil em 2010 e hoje já é considerada uma das datas mais aguardadas pelos consumidores. Olhando do prisma dos varejistas, a BF também se tornou fundamental, especialmente no e-commerce que registrou cifras pra lá de interessantes nos últimos cinco anos, a saber:
2015 – $1,5 bilhões de reais
2016 – 1.9 bilhões
2017 – 2,1 bilhões de reais
2018 – 2,6 bilhões de reais
2019 – 3,2 bilhões de reais
Em pesquisas recentes ficou evidente que 68% dos entrevistados no Brasil está habituado a comprar na Black Friday. Quando a pesquisa fatiou essas respostas por regiões, evidenciou o seguinte cenário:
– no Norte 75% costuma comprar na BF;
– no Nordeste 69% costuma comprar na BF;
– no Sudeste 68%;
– e houve empate no Centro-Oeste e Sul do país com 63%.
Para 2020, especificamente, espera-se uma mudança em particular na Black Friday. As pessoas que outrora estavam acostumadas a ir às grandes lojas presencialmente aproveitar as ofertas, estão intimidadas pela possibilidade de contágio pelo Corona Vírus e deve haver uma diminuição desse tipo de ação. Já é de conhecimento geral que as lojas que não respeitam o isolamento social adequado e as novas políticas (federais, estaduais e municipais) para o comércio estão sendo fechadas – haja vista a inauguração de uma loja em Belém do Pará no mês de Outubro/2020 que gerou muita aglomeração, muita mídia negativa e o fechamento compulsório da loja, por parte dos órgãos públicos, até que a loja se adeque às normas.
Por outro lado, mais de 5,7 milhões de pessoas compraram pela primeira vez no e-commerce esse ano, portanto, isso abre um precedente para que a Black Friday tenha ainda mais adeptos no e-commerce. Os novos compradores, e também os já acostumados, afirmam que não vale se arriscar indo às lojas físicas em momento tidos como de aglomeração, afirmam que o e-commerce gera muita comodidade e conveniência e que é prático comparar preços. Receita boa para novas vendas no e-commerce durante a Black Friday 2020.
Há mais um ponto que chama a atenção na Black Friday 2020, com o aumento exacerbado de novas categorias sendo vendidas e compradas no e-commerce desde Março/2020 é bem provável que haja uma mudança interessante no comportamento de consumo de muitos consumidores para essa BF. Por exemplo, já não é possível tratar como absurdo se alguém disser que na sua lista de desejos da Black Friday desse ano haja bacalhau, vinhos importados, equipamento de ginástica, jogo de tabuleiro e outros itens que até a BF de 2019 não eram comuns e que itens como viagens, hospedagens, passeios e turismo de forma geral que sempre foram muito aguardados pelos consumidores já não tenham tanta procura assim esse ano.
Para os lojistas de plantão, ficam as seguintes dicas de novidades e pontos de atenção que vale a pena olhar, melhorar e consolidar esse ano:
– SuperApps
– Marketplaces de nicho
– Botão Shop do Instagram que foi recentemente liberado no Brasil
– WhatsApp Pay e PIX que o Bacen está liberando próximo à Black Friday
– Live Commerce que vem com força
– T-Commerce ou TV-Commerce que vai crescer de forma acelerada
– Logística reversa – que precisa entregar experiência e velocidade parecida com a entrega, assim como já fazemos 1~2 hour(s) delivery e same-day, por exemplo.
E aí, preparado para mais uma Black Friday diferente, inovadora e cheia de desafios e oportunidades?
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